Você costuma ligar despreocupadamente seu carregador na tomada e conectar seu celular, tablet, computador, ou qualquer outro dispositivo elétrico ou eletrônico, dependendo do destino da sua viagem isto pode ser uma dor de cabeça. No Brasil temos regiões que usam voltagens diferentes, 220V ou 127V, se você for para o exterior a coisa complica, imagine chegar à África do Sul e encontrar uma tomada assim:

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Tomada tipo “M”

E de quebra descobrir que a voltagem lá é 230V e a frequência 50Hz…

Você não faz a menor ideia do que estou falando? Então vou tentar ser prático, existem três variáveis em questão: O tipo de plug/tomada, a voltagem e a frequência. A voltagem e a frequência são grandezas elétricas, você não precisa entender isto, basta entender qual a faixa de voltagem e de frequência seus equipamentos elétricos e eletrônicos suportam.

Voltagem e Frequência

Veja na figura abaixo um carregador da Apple, esta escrito Input: 100-240V ~0.5A (0,5A) 50-60 Hz e isto é tudo que necessitamos saber. Traduzindo: A faixa de voltagem é de 100 à 240V, isto significa que você pode ligar este carregador em qualquer tomada que esteja dentro desta faixa, inclusive nos 230V da África do Sul, a faixa de frequência de 50 à 60Hz, que também aceita os 50Hz da África do Sul.

VoltagemFrequencia

Em geral os carregadores e equipamentos de boa qualidade, possuem este padrão de voltagem e frequência, é um padrão global usado principalmente por fabricantes que vendem para diversas partes do mundo.

Uma vez atento à este detalhe, confira sempre se seu carregador ou equipamento eletrônico possui estas características:

Input 100 – 240V ~ 50 – 60 Hz

Em caso de dúvida, não ligue na tomada, se ligar conecte o aparelho no carregador somente após ter ligado o carregador na tomada, se alguma coisa queimar terá sido apenas o carregador.

No caso dos equipamentos elétricos como ferro de passar de viagem, secador de cabelo e barbeador elétrico por exemplo, é importante verificar se eles suportam a voltagem e frequência do destino, geralmente estes equipamentos possuem voltagem e frequência fixos. Eu pessoalmente não recomendo leva-los, a não ser de que tenha absoluta certeza de que não irão queimar. Mesmo assim é comum encontrar em bons hotéis ferro de passar roupa e secador de cabelo para uso no quarto.

Tipos de Plug e Tomadas

Existem pelo menos quinze tipos de plugs e tomadas no mundo, e você deve estar preparado para isto, não tem coisa pior do que ao chegar no seu destino e não poder carregar seu celular, sua máquina fotográfica e outros dispositivos. Então sempre antes de viajar consulte o site do  World Standards ou o IEC (International Electrotechnical Commission) para saber qual tipo de tomada, voltagem e frequência do seu destino.

15 tipos de tomadas Reprodução WorldStandards

15 tipos de tomadas
Reprodução WorldStandards

AdaptadoresUma excelente dica é comprar um adaptador de tomadas para viagem, em geral você encontra nas lojas do Free Shopping, e algumas lojas especializadas, alguns dos modelos da foto à esquerda.  Os adaptadores universais em geral atendem a quase todas as tomadas existentes, alguns ainda possuem uma porta USB e proteção, os preços variam de algumas dezenas até algumas centenas de Reais.

AdaptadoresTorcidoSe você tiver muitos equipamentos, ou estiver viajando com a família ou colegas de trabalho, é recomendável além do adaptador universal, levar um filtro de linha ou similar para ligar várias tomadas em um único adaptador, certifique que a voltagem e frequência do filtro de linha são compatíveis como explicado acima.

Outra observação importante é que o pino chato do adaptado precisa ser giratório, ao menos até 45º, pois em países como a Austrália e Argentina o padrão de tomada é pino chato inclinado, veja na foto à direita como é esta característica do adaptador, lembra as antigas tomadas de ar condicionado Brasileiras.

Battery Bank

batterybankPara que você não fique na mão na hora daquela escapada rápida para um turismo de ocasião, é recomendável ter com você sempre um battery bank carregado (muita gente esquece de carregar).

Hoje em dia é fácil encontrar battery bank a venda e qualquer lugar, evite os vendidos por ambulantes, para escolher leve em consideração o que você quer manter carregado: Smartphones em geral possuem bateria de 1000 a 2000 mAh, tablets e notebook em torno de 6000 mAh e máquinas de fotografia em torno de 4000 mAh. Isto significa por exemplo se você possuir um battery bank de 2000 mAh é possível dar uma nova carga completa no seu celular, ou se possuir um de 6000 mAh (ou três de 2000 mAh) no seu notebook ou tablet. É mais conveniente ter vários battery banks pequenos do que um grande, pois quanto maior a capacidade em mAh, maior o tempo de carga, e acima de 8000 mAh pode levar até 24h até atingir a capacidade total, e tempo é o que não podemos perder em viagens rápidas.  Mas não esqueça de por tudo para carregar ao deitar, inclusive os battery banks que foram utilizados.

Espero que estas dicas sejam úteis, desejamos uma boa viagem de negócios e um divertido turismo ocasional.


João Carlos Rebello Caribé

Consultor em otimização empresarial, com foco em inovação estratégica, gestão do conhecimento, gestão de projetos e processos, e micropolítica corporativa. Professor em MBA em disciplinas das áreas de gestão Empresarial, Marketing, Logística e Recursos Humanos. Mestre em Ciência da Informação pela UFRJ (PPGCI) com o tema “Algoritmização das relações sociais, criação de crenças e construção da realidade”. Empreendedor desde o início de sua carreira, foi sócio em quatro empresas desde então. Com a chegada da Internet no Brasil no final dos anos 90, desenvolveu uma empresa revolucionária, a Flash Brasil, tornando-se referência com um modelo de negócios inovador envolvendo comunidades virtuais com milhares de profissionais. Foi conselheiro para o primeiro Conselho de Coordenação da NETmundial Initiative, junto com profissionais como Jack Ma (Alibaba), Christoph Steck (Telefonica), Penny Pritzker (Departamento de Estado Americano), James Poisant (WITSA), Lu Wei (Ministro do Ciberespaço Chinês), Jean-Jacques Subrenat (EURALO), dentre outros. Também foi membro do Comitê Executivo da NCUC na ICANN, representando a sociedade civil da América Latina e Caribe. Participa da Internet Society Brasil, Coalizão Direitos na Rede, Red Latam, Comunidade Diplo, Dynamic Coalition on Network Neutrality e Global Net Neutrality Coalition, Laboratório em Rede de Humanidades Digitais (LarHud) e Estudos Críticos em Informação, Tecnologia e Organização Social (Escritos).

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