Depois da noticia da viagem, a primeira preocupação pode não ser se precisa de visto, mas deveria. É importante saber logo, pois tem vistos cujo processo de obtenção é um pouco demorado, como por exemplo o visto Americano. Alias o fato de você ter visto Americano facilita muito a obtenção de vistos e /ou entrada em outros países. A resposta que me deram, é que o processo de concessão do visto Americano é bem criterioso. De uma maneira geral, se você está para se tornar um viajante internacional frequente, providenciar um visto Americano, mesmo que não vá usa-lo de imediato, é uma boa idéia.

Modelo de visto Americano – Fonte: Wikipedia

Além do visto do destino é importante conferir se a sua viagem terá conexão, pois em alguns países é necessário fazer o processo de imigração, mesmo em conexões, e se esta conexão for em um país que exige visto dos brasileiros, você terá de providencia-lo.

É padrão por exemplo nos Estados Unidos, mesmo que sua conexão seja para o México, Canadá ou Japão por exemplo. Na Europa, o visto não é necessário, em geral você faz a imigração no primeiro país que pousa, mesmo que seu destino não seja a Europa. Ja tive de fazer imigração em Frankfurt, e meu destino era Marraquexe na África. Os voos com conexão Internacional em Dubai também não necessitam de visto, alias não é mais necessário visto para Dubai também.

Como posso saber se meu destino precisa de visto?

A maneira mais prática é acessar o site Passport Index, este site tem muitas informações interessantes. Pode não ser muito fácil encontrar esta informação na primeira vez que visita o site, então você pode acessar direto o comparador. Como o Brasil é um país como muitos imigrantes, é comum encontrar pessoas com dupla nacionalidade, neste caso você pode colocar a segunda nacionalidade, para decidir qual a melhor estratégia de visto e passaporte. Veja na figura abaixo a comparação entre os passaportes do Brasil, Italia, Espanha, Turquia e Australia.

Reprodução

Esta consulta é o primeiro passo, depois você precisa encontrar a representação diplomática do(s) país(es) que vai necessitar visto, para obter informações detalhadas, e proceder com o(s) pedido(s) de visto(s) necessário(s). Esta informação está disponível no site do Itamaraty.

Em seguida, depois de obter as informações necessárias, você pode providenciar o(s) visto(s), e boa viagem!

Mas como posso saber em qual ou quais países devo fazer conexão, se minha passagem ainda não foi comprada?

Em geral, em se tratando de um viajante de negócios, tanto a passagem quanto o hotel serão providenciados pela sua empresa, e realmente não tem como saber, mas podemos ser pro-ativos.

Você pode por exemplo pesquisar passagens para o destino da sua viagem, lá você encontrará os voos e as possíveis conexões. De posse desta informação você pode consultar o Passport Index e mapear as principais conexões. No site do Itamaraty e no site dos consulados e embaixada, você pode se informar se necessita de visto em caso de translado ou escala.

Com estas informações em mãos, você pode ser pro-ativo, e solicitar que sua passagem seja com escala ou conexão no(s) país(es) que determinar.

Passo a passo

  1. Ciente do destino, pesquise as passagens para verificar onde pode existir conexão, ou escala.
  2. Consulte o Passport Index para verificar a necessidade de visto nos países pelos quais irá passar, seja em escala ou conexão.
  3. Se algum destes países exigir visto, verifique junto ao consulado ou embaixada, se necessita de visto em caso de escala ou conexão.
  4. Agora que você sabe os roteiros, defina junto ao setor ou agência responsável por adquirir sua passagem, onde fará escala e/ou conexão.

Boa viagem!


João Carlos Rebello Caribé

Consultor em otimização empresarial, com foco em inovação estratégica, gestão do conhecimento, gestão de projetos e processos, e micropolítica corporativa. Professor em MBA em disciplinas das áreas de gestão Empresarial, Marketing, Logística e Recursos Humanos. Mestre em Ciência da Informação pela UFRJ (PPGCI) com o tema “Algoritmização das relações sociais, criação de crenças e construção da realidade”. Empreendedor desde o início de sua carreira, foi sócio em quatro empresas desde então. Com a chegada da Internet no Brasil no final dos anos 90, desenvolveu uma empresa revolucionária, a Flash Brasil, tornando-se referência com um modelo de negócios inovador envolvendo comunidades virtuais com milhares de profissionais. Foi conselheiro para o primeiro Conselho de Coordenação da NETmundial Initiative, junto com profissionais como Jack Ma (Alibaba), Christoph Steck (Telefonica), Penny Pritzker (Departamento de Estado Americano), James Poisant (WITSA), Lu Wei (Ministro do Ciberespaço Chinês), Jean-Jacques Subrenat (EURALO), dentre outros. Também foi membro do Comitê Executivo da NCUC na ICANN, representando a sociedade civil da América Latina e Caribe. Participa da Internet Society Brasil, Coalizão Direitos na Rede, Red Latam, Comunidade Diplo, Dynamic Coalition on Network Neutrality e Global Net Neutrality Coalition, Laboratório em Rede de Humanidades Digitais (LarHud) e Estudos Críticos em Informação, Tecnologia e Organização Social (Escritos).

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